sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Cabelo de Peixe


Estávamos, Bia, Marcos e eu em Sao José dos Campos-SP, se bem me lembro, em Setembro, em um hipermercado famoso, onde eu iria pagar um carnê e comprar umas coisinhas para jantarmos.

Eu já havia pago minha pendência e estávamos procurando algo que nos apetecesse. Encontramos pães de queijo congelados e pegamos um refri. Nisso, olho para a fila dos caixas rápidos, aqueles para poucos volumes, e vejo bem uns 20 punks vindo em nossa direção. Comportados, falando baixo, mas vestidos em roupas pretas, cheias de adornos, cabelos coloridos, piercings, enfim, punks.
Logo no final, uns quatro se desgarravam dos outros.

Eu estava com o Marcos no colo, e ele estava prestando atenção no movimento, ligado em tudo, como sempre. Ele viu um rapaz, com o cabelo moicano, pintado de verde. Sem pestanejar falou, "Pai, olha! Cabelo de Peixe." Eu queria rir, chorar de rir. O moço olhou como se nem ligasse. Meu filho repetiu a frase, "Pai, cabelo de peixe. Porque ele tem cabelo de peixe?", eu disse, "Ah filho, ele deixou assim.", e meu filhote, na mais linda inocência "O pai dele deixou ele fazer isso?". Eu dei risada e desconversei, mas Marcos ficou encarando o cara, que nem deu bola.

Foi memorável.

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